“... perdi minha virgindade no carro de meu pai, emprestado para o meu namorado, na ocasião com 17 e eu com 15.” (M.J.T)“… sabia que meu pai não me daria a chave... peguei escondido e saí... por isso fiquei assim...” (H.J.R., tetraplégico)
É bem possível passar pela cabeça do adolescente de quinze ou dezesseis anos o seguinte pensamento: “Oba, tá chegando o fim de semana, preciso ficar bonzinho! Lavar o carro, tirar notas boas, elogiar o papai, a mamãe, ajudar a vovó atravessar a rua, e até ler a Bíblia. Assim, o papai não vai me negar o carro no sábado. Já marquei com a turma, não pode dar errado!”
Caro adolescente menor de idade, responda com honestidade: pra quê você quer o carro? Para sair bem na foto? Ou seja, é para melhorar a imagem? É para curtir uma aventura?É para ter privacidade na hora das intimidades? Não seria pura vaidade?
Segundo dados do IEPE, Instituto de Estudos e Pesquisas de São Paulo, o jovem tem sido a principal vítima do trânsito: metade das mortes aos 19 anos decorrem de acidentes de trânsito; a probabilidade de morrer para os motoristas entre 16 e 17 anos (Estados Unidos) é 18 vezes maior que a daqueles com idade entre 30 e 34 anos; 5 entre 20 motoristas adolescentes irão se envolver em acidente automobilístico; tomando como parâmetro 20 condutores adolescentes, pelo menos um deles estará entre as vítimas fatais ou serão gravemente feridos em acidente de trânsito.
Isso é alarmante para todos, inclusive para os adolescentes cristãos, pois muitos deles insistem com os pais, para que tenham permissão para dirigir, mesmo não tendo idade legal para tal. Grandes conflitos familiares têm ocorrido, desestabilizando as famílias, por causa da insistência do adolescente para sair com o carro para se divertir!
Em primeiro lugar, deve-se considerar o nosso dever como cristãos de obedecer às leis. Está escrito: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores, porque não há autoridade que não proceda de Deus, e as autoridades que existem foram por Ele instituídas” (Rm 13:1). Com isso em mente, percebemos que não convém aos cristãos uma vida em desarmonia com as leis estabelecidas pelas autoridades. A Bíblia ainda acrescenta que devemos estar sujeitos às leis não por medo da punição, mas também por dever de consciência (Rm 13:5).
Outro fator é que a liberdade deve sempre ser equilibrada por uma dose de responsabilidade. Quando isso não acontece, a liberdade ultrapassa os limites, conduzindo o adolescente a caminhos piores. Por exemplo, liberdade sem responsabilidade pode levar o adolescente mais longe do que deveria, geograficamente e sexualmente, pois, tanto pode dirigir para lugares perigosos, quanto usar a oportunidade para fazer do carro um lugar apropriado para o pecado. Devemos sempre evitar a aparência do mal, e abrir mão de alguns benefícios por causa do testemunho do evangelho.
No caso do depoimento daquele jovem que pegou o carro escondido, será que ele honrou seu pai e sua mãe? Honra teu pai e tua mãe, este é o primeiro mandamento com promessa. Lembre-se: saber ouvir o “não” dos pais, sem se rebelar contra a sua autoridade, é dar-lhes “honra” como o Senhor ordenou, e tem recompensa. Os pais têm muito a favor deles: a experiência, o amor, a maturidade, e a paciência. Por isso, devem ser ouvidos, respeitados e amados.
Finalmente uma palavra para os pais: Irmãos, é preciso saber dizer não aos nossos filhos menores neste assunto. Está em jogo o testemunho da fé, a preservação da família e da vida. Se a lei não permite que menores de idade dirijam, faça-os entender que é melhor esperarem o tempo certo. Quantos pais já foram presos por causa de atos de seus filhos adolescentes ao volante? Que vergonha! Que isso não suceda conosco! Somos cristãos, tememos a Deus e respeitamos a Sua palavra, e isso deve fazer a diferença!
Texto retirado do site 
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